quinta-feira, 21 de julho de 2016

Days of black and gold.

Há dias assim. Em que os meus melhores amigos são o Floyd e os óculos de sol. Saio de casa, porque tem de ser. Mas lá vou eu a torcer para que não me cruze com ninguém conhecido. O Floyd nesses dias fica só do meu lado mas nem se mete muito comigo. Acho que ele já sabe que o ideal é não me contrariar e encher-me de mimos. Nada de brincadeiras. Nada de atirar bolinhas. Hoje não. Visto-me de preto. Ou então visto a primeira coisa que encontro e nem quero saber se é bolinhas amarelas com flores verdes e vermelhas. Ou o bling bling mais parolo que até ofusca quando o sol bate. Saio por obrigação. Normalmente dura poucas horas. Um dia no máximo. No dia seguinte já preparo o pequeno almoço aos desafinos a cantar Obla Di Obla Dá ou outra beatlezada qualquer. E nesse dia até já pinto os beiços de vermelho vivo ou rosa chocante. Sou assim o 8 e o 80. É no 8 que me dá mais vontade de vir aqui. Às vezes o que escrevo nem tem nada a ver com o meu humor azedo. Outras vezes explodo tudo, o que ajuda a seguir em frente. Mas normalmente o que mais me irrita são as pessoas. Quando tás com aquela boa vibe, de bem com o mundo e depois vem alguém que encontra problemas. Tipo quase 40 graus toda a gente a morrer de calor e uma pessoa, uma pessoinha, diz que a ventoinha está a faze la ficar doente. Ou então quando tentas salvar a vida de um animal indefeso em vez de o espezinhares e mesmo assim és uma bruxa porque aquele animal devia era de morrer (uma aranha minúscula por exemplo). São estas coisas que me fazem ficar azeda. Logo eu que tenho kilos e kilos de açucar dentro da minha pessoa e que me considero um amor. Mas estragam-me logo o dia essas pessoas com pouca tolerância. Ou então sou eu que preciso ser mais tolerante com essas pessoas. Não sei se repararam mas também tenho tendência a contradizer-me muito nesses dias. Whatever.

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